James Tissot, Public domain, via Wikimedia Commons |
Davi e os Maus Exemplos dos Filhos
Davi Parte Final
Finalmente chegamos a parte final dessa história cheia de aventuras. No início dessa série, Davi, ainda adolescente, foi ungido rei, matou um leão e um urso e estava preparado para derrotar o gigante filisteu que afrontava o exército do Deus vivo.
No decorrer das séries, vimos que antes de ser oficializado o seu reinado, ele passou por vários combates e em todos foi vitorioso. A sua fama cresceu em todo Israel e isso despertou no rei Saul o desejo de matá-lo.
Após a morte do Rei Saul, na guerra contra os filisteus, Davi foi ungido rei de Judá, logo depois foi oficializado o seu reinado em toda Israel.
No artigo anterior, Davi foi repreendido por cometer pecado de adultério e assassinato para tomar a mulher de Urias. Se você não leu os artigos dessa série, eu te convido a ler as cinco partes, os links estão abaixo da conclusão deste artigo.
No artigo anterior, Davi foi repreendido por cometer pecado de adultério e assassinato para tomar a mulher de Urias. Se você não leu os artigos dessa série, eu te convido a ler as cinco partes, os links estão abaixo da conclusão deste artigo.
As Consequências do Pecado
Davi constituiu uma família grande. Os filhos que nasceram em Hebrom foram: O primeiro, Amnom de Ainoã; o segundo, Quileabe de Abigail, viúva de Nabal; o terceiro, Absalão de Maaca, filha do rei Talmai de Gesur; o quarto, Adonias de Hagite; o quinto, Sefatias de Abital; o sexto, Itreão de Eglá. (cf. 2 Samuel 3, 2-5).Como foi dito anteriormente, depois que Davi veio de Hebrom tomou mais concubinas e mulheres de Jerusalém e nasceram filhos e filhas.
E estes são os nomes dos filhos que teve em Jerusalém: Samua, Sobabe, Natã, Salomão, e Ibar; Elisua, Elpelete, Nogá, Nefegue, Jafia; e Elisama, Eliada, e Elifelete (1 Crônicas 14.4-7). Em 2 Samuel 5.14-16 a lista é um pouco menor.
Somando os filhos que nasceram em Hebrom seis filhos mais treze que teve em Jerusalém são dezenove filhos. A Bíblia não menciona as filhas, mas é citada em 2 Samuel 13,1, a sua filha Tamar, irmã de Absalão. Sabendo-se que Davi teve muitas mulheres, é possível que esse número de filhos seja maior, mesmo porque as filhas não são mencionadas nas listas.
E saiu o rei, com toda a sua casa, a pé; deixou, porém, o rei dez mulheres concubinas, para guardarem a casa (2 Samuel 15.16).
Mical, filha de Saul, foi a primeira esposa de Davi, mas não teve filhos.
Ter Muitas Mulheres Era Pecado?
Em Deuteronômio 17:16-17, Deus avisou não ser bom um rei ter muitas esposas. Creio que ele não viu esse aviso 🤠Embora ele tenha tido muitas mulheres, isso não era considerado pecado segundo a lei da época.
Havia regras na lei. Para tomar outra mulher teria que se comprometer a tratá-la bem sem deixar faltar-lhe nada.
Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem o seu vestido, nem a sua obrigação marital (Êxodo 21.10).
Os pecados determinados na lei que Davi cometeu foram maus aos olhos do SENHOR. Quais foram esses pecados? O pecado de assassinato, de adultério e de cobiçar a mulher do próximo, conforme os livros de Deuteronômio: 5.17,18, 21 e Êxodo: 20.13, 14, 17.
Vimos que Davi cometeu pecados gravíssimos e que ele se arrependeu. Deus o perdoou, todavia Davi não ficou livre das consequências. Deus feriu o filho que a mulher de Urias deu a Davi. A criança adoeceu gravemente e morreu. O segundo filho que ela teve com Davi foi Salomão.
Davi não teve uma família saudável. O filho, Amnom, forçou a meia-irmã, Tamar, a deitar-se com ele e a estuprou (cf 2 Samuel 13.11-14). Dois anos depois, Absalão deu um banquete de rei, embriagou Amnom e deu ordem aos servos para matá-lo. Tempos depois, Absalão também perseguiu o pai para matá-lo, ele queria tomar o seu reinado.
Houve guerra dos homens de Davi contra os israelitas e os homens de Davi venceram, Absalão fugiu e ao passar por baixo de um grande carvalho, a sua cabeça ficou presa nos galhos.
Joabe, desobedeceu às ordens de Davi, pegou três lanças e as enterrou no peito de Absalão enquanto ele ainda estava vivo, pendurado no carvalho, dez soldados de Joabe cercaram Absalão e acabaram de matá-lo (cf 2 Samuel 18,14-15).
Adonias tentou tornar-se rei quando Davi era velho, mas não conseguiu. Mais tarde, Salomão sucedeu o trono do pai e mandou matar Adonias, seu irmão mais velho. Salomão também mandou matar Joabe, comandante do exército de Davi e Simei, que amaldiçoou Davi (cf 1 Reis 2:12-46). O relato de Simei que proferiu maldição contra Davi encontra-se em 2 Samuel 16.5-7.
Salomão expulsou Abiatar do sacerdócio em cumprimento a Palavra do Senhor:
Então Salomão expulsou Abiatar do sacerdócio do Senhor, cumprindo a palavra que o Senhor tinha dito em Siló a respeito da família de Eli 1 Reis 2.27
Salomão começou o seu reinado bem, mas não seguiu os conselhos do pai e tempos depois, influenciado pelas mulheres pagãs, voltou-se para idolatria e adorou a outros deuses.
Leia este artigo com algumas informações sobre Salomão 👉 A Fidelidade a Deus x às Tentações
Conclusão
Um homem grandioso em suas conquistas, obediente às ordens de Deus, mas a sua fraqueza por mulheres o levou a pecar. Ele arrependeu-se e por conta do seu arrependimento Deus não o matou, mas o filho do pecado morreu. As consequências do pecado geram sofrimentos. Precisamos ser fortes em Cristo para vencermos o pecado.👉 Este artigo faz parte de uma série de artigos sobre Davi:
Baseado na Bíblia Sagrada
Por Julio Ferreira Lima
Leia os artigos 👉 Deus Rejeita Saul Como Rei de Israel; A Fidelidade e a Santidade de Samuel; Samuel e o Próprio Deus são Rejeitados e A Última Oportunidade de Sansão
👉 Leia também: Uma Nova Onda de Apostasia em Israel, As Tribos do Reino de Israel Desapareceram?, O Clamor dos Filhos de Israel e Israel é Liberta Após As Dez Pragas
ABREVIATURAS
cf. Conferir
Referências dos textos Bíblicos:
Almeida Corrigida Fiel - ACF (Bíblia Online)Referência Bibliográfica
BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo de Genebra. 2ª edição. Tradução de J. F. de Almeida. Edição revista e atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil (SBB); São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 1999. 1728 p