Ana, Mulher Atribulada, Não Embriagada
Ana, uma mulher atribulada de espírito, foi confundida com uma filha de Belial, mas teve a graça de Deus, quando Ele ouviu o seu balbuciar. O seu nome significa: "graciosa'' ou "cheia de graça''.
Na Bíblia encontramos duas personagens com o nome Ana, no Novo Testamento Ana é uma profetisa. Filha de Fanuel, da tribo de Aser, ela servia a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia e não se afastava do templo.
Era avançada de idade com quase oitenta e quatro anos e, aguardava todos os dias no templo, o consolador. Ela e Simeão, também profeta, viram o cumprimento da profecia quando o menino Jesus foi apresentado no templo. Leia esse artigo aqui 👉 A Consolação de Israel.
Quem foi ana
A Ana que vamos conhecer é a do Antigo Testamento, a sua história encontra-se registrada nos dois primeiros capítulos de 1 Samuel, Ana é uma mulher que vive em conflito com a sua rival Penina, a segunda esposa de Elcana.Ana não podia ter filhos e a segunda esposa tinha filhos e filhas, mas não era amada pelo marido. Elcana amava Ana e sempre a consolava quando ela chorava por não dar filhos ao marido. Para tentar amenizar o choro da esposa, chegou a dizer-lhe: "Não te sou eu melhor do que dez filhos?"
Elcana, marido de Ana
Elcana, filho de Jeroão, era de Ramataim-Zofim, no monte Efraim. Apesar de ter duas esposas, era temente a Deus, pois, de ano em ano, subia da sua cidade para adorar e sacrificar ao Senhor em Siló.O fato de ter mais de uma esposa, não significava desrespeito à Lei de Deus, mesmo porque, essa prática era aceita pela lei de Moisés, porém regulamentada em benefício da mulher (cf Deuteronômio 21.15-17; 25:5-10).
A poligamia também é vista pela primeira vez no livro de Gênesis 4.19. É importante ressaltar que o NT refere-se a união de duas pessoas que se tornam uma só carne. Não há citação de poligamia. (cf Mt 19.4-6; Ef 5.31-33; 1 Tm 3.2).
Ter muitos filhos dava status e garantia descendentes, contudo ter mais de uma esposa, os ciúmes e as implicações eram inevitáveis, como no caso de Ana e Penina. A esterilidade de Ana não impedia Elcana de amá-la, ele tinha mais carinho por ela.
Isso provocava ciúmes em Penina, que se valendo da sua fertilidade, humilhava Ana com a intenção de irritá-la (cf 1 Samuel 1.4-7). Ana estava com amargura de alma, e orou ao Senhor, e chorou intensamente.
Na sua conversa com Deus, os seus lábios se mexiam, mas não se ouvia o sonido da sua voz, ela fez um voto dizendo:
"Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha." (1 Samuel 11).
Ana foi confundida com uma mulher embriagada. O Sumo Sacerdote Eli chamou a atenção de Ana pensando que ela estava embriagada, mas Ana replicou a Eli que era uma mulher atribulada de espírito e estava derramando a sua alma perante o Senhor. Disse ainda que não era filha de Belial. Então Eli disse-lhe para ir em paz e abençoou Ana.
"Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha." (1 Samuel 11).
Ana foi confundida com uma mulher embriagada. O Sumo Sacerdote Eli chamou a atenção de Ana pensando que ela estava embriagada, mas Ana replicou a Eli que era uma mulher atribulada de espírito e estava derramando a sua alma perante o Senhor. Disse ainda que não era filha de Belial. Então Eli disse-lhe para ir em paz e abençoou Ana.
Ana creu que Deus ouviu o seu clamor
Ela mudou o seu semblante e saiu confiante certa de que Deus havia respondido a sua petição.Tempos depois Ana concebeu, e teve um filho, e o chamou Samuel. Ele foi levado, ainda menino, ao templo para servir ao Senhor e entregue aos cuidados de Eli, Sumo Sacerdote e juiz de Israel.Ana cumpriu o seu voto e o Senhor a honrou dando-lhe três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel cresceu na presença do Senhor. Samuel se tornou um grande homem de Deus, ele foi o primeiro profeta e o último juiz de Israel, além de sacerdote.
Muitas são as interpretações do significado do seu nome, no entanto, o significado proposto pelo professor de hebraico germânico Genésio, um dos mais conceituados mestres da Bíblia, é: "nome de Deus”.
No capítulo 2 de 1 Samuel 1-10, Ana faz uma oração de exaltação ao Senhor. Há muitos ensinamentos nessa oração, que é um cântico de fé e confiança, veja os mistérios desse cântico neste artigo 👉 Revelando os Mistérios do Cântico de Ana, vale a pena ler.
No capítulo 2 de 1 Samuel 1-10, Ana faz uma oração de exaltação ao Senhor. Há muitos ensinamentos nessa oração, que é um cântico de fé e confiança, veja os mistérios desse cântico neste artigo 👉 Revelando os Mistérios do Cântico de Ana, vale a pena ler.
Conclusão
A história de Ana ilustra uma verdade que muitos desconhecem, é a atuação de um inimigo invisível que atormenta as pessoas e destrói a paz delas.
Ele é sagaz e consciente das fraquezas dessas pessoas, uma das especialidades dele é mexer na ferida de quem está sofrendo. Muitas vezes ele usa um amigo ou pessoas próximas para lançar o seu veneno.
A solução para nos livrar dessas investidas malignas é seguir o exemplo de Ana. Ela recorreu ao Senhor, perseverou em oração e obteve paz.
A solução para nos livrar dessas investidas malignas é seguir o exemplo de Ana. Ela recorreu ao Senhor, perseverou em oração e obteve paz.
"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16:33).
Baseado na Bíblia Sagrada
Por Julio Ferreira Lima
ABREVIATURAS
cf Conferir
NT Novo Testamento
AT Antigo Testamento
Mt Mateus
Ef Efésios
1 Tm 1 Timóteo
Referências dos textos Bíblicos:
Almeida Corrigida Fiel - ACF (Bíblia Online)Referência Bibliográfica
BÍBLIA,
Português. Bíblia de Estudo de Genebra. 2ª edição. Tradução de J. F. de
Almeida. Edição revista e atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do
Brasil (SBB); São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 1999. 1728 p